O Dolar à vista não apenas emendou nesta segunda-feira, 15, o quinto pregão consecutivo de queda, como rompeu no fechamento o nível de R$ 4,90 pela primeira vez desde junho do ano passado – fechou em R$ 4.88.
Já beneficiado pela onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, o real ganhou impulso extra, em meio à expectativa em torno da divulgação ainda hoje do texto do novo arcabouço fiscal com regras mais duras. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de SP, subiu 0,52%, aos 109.029,12 pontos.
Afora uma alta pontual e bem limitada pela manhã, quando atingiu máxima a R$ 4,9327, o dólar operou em baixa ao longo de toda a sessão. O rompimento do piso de R$ 4,90 se deu à tarde, à medida que investidores digeriam informações a respeito das negociações em torno do texto do marco fiscal, como o fato de o presidente Lula, segundo apurado por Broadcast com fontes, ter concordado com a inclusão de gatilhos para brecar avanço de despesa e garantir cumprimento de metas. Ficariam de fora de eventual trava fiscal, por exigência de Lula, a política de valorização do salário mínimo e o Bolsa Família.
Com mínima a R$ 4,8882 na reta final dos negócios, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,71%, cotado a R$ 4,8882 – menor valor de fechamento desde 7 de junho de 2022 (R$ 4,8742). Nas últimas cinco sessões, a moeda experimentou desvalorização de 2,46%. No ano, o dólar tem agora perdas de 7,42%.